Blade Runner conta-nos a história de Deckard um “Blade Runner”, ou seja, um polícia/investigador/carrasco que é designado para perseguir e eliminar Replicants. Replicants são Cyborgs que, inicialmente desenhados para facilitar a vida ao ser humano, se mostraram demasiado perigosos e instáveis para a segurança pública e por isso são perseguidos e destruídos. A mais recente função de Deckard é perseguir quatro Replicants extremamente agressivos e essa investigação leva-o numa jornada onde são descobertas pessoas que mudarão a sua vida, verdades sobre a natureza dos Replicants e sobre a sua própria.
Num futuro onde a viagem inter-planetária já é possível vemos uma Los Angeles negra, completamente industrializada e por isso extremamente poluída, onde as ruas sujas abrigam vários tipos de criminosos. No entanto tudo é brilhante, as labaredas do topo das fábricas e os gigantes painéis publicitários parece que tentam tirar a atenção dos moradores para as condições degradantes em que vivem.
Com um final aberto a várias interpretações, que em vez de optar pela espectacularidade e pela acção preferiu um clímax mais voltado para a cabeça e para pensarmos-nos no verdadeiro sentido do filme, Blade Runner é um marco de que mesmo o cinema mais mainstream consegue ter conteúdo.