segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Blade Runner - Um pilar no cinema contemporâneo


Blade Runner é um filme de acção e ficção científica realizado por Ridley Scott em 1982 inspirado pelo livro Do Androids dream of electric sheep? do “avozinho” da ficção científica Phillip K. Dick. Embora esteja formatado à tradicional estrutura da narrativa de Hollywood tem, em níveis secundários, alguns temas que merecem ser analisados pela sua subjectividade.

Blade Runner conta-nos a história de Deckard um “Blade Runner”, ou seja, um polícia/investigador/carrasco que é designado para perseguir e eliminar Replicants. Replicants são Cyborgs que, inicialmente desenhados para facilitar a vida ao ser humano, se mostraram demasiado perigosos e instáveis para a segurança pública e por isso são perseguidos e destruídos. A mais recente função de Deckard é perseguir quatro Replicants extremamente agressivos e essa investigação leva-o numa jornada onde são descobertas pessoas que mudarão a sua vida, verdades sobre a natureza dos Replicants e sobre a sua própria.



Num futuro onde a viagem inter-planetária já é possível vemos uma Los Angeles negra, completamente industrializada e por isso extremamente poluída, onde as ruas sujas abrigam vários tipos de criminosos. No entanto tudo é brilhante, as labaredas do topo das fábricas e os gigantes painéis publicitários parece que tentam tirar a atenção dos moradores para as condições degradantes em que vivem.

Com um final aberto a várias interpretações, que em vez de optar pela espectacularidade e pela acção preferiu um clímax mais voltado para a cabeça e para pensarmos-nos no verdadeiro sentido do filme, Blade Runner é um marco de que mesmo o cinema mais mainstream consegue ter conteúdo.